Campanha de Bolsonaro lamenta 'gol contra' com ataque a mulheres no debate da Band
Presidente seguia roteiro da campanha ao ligar Lula (PT) à corrupção, mas descontrole com Vera Magalhães complicou situação já nada favorável com o eleitorado feminino. Os candidatos Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Jair Bolsonaro (PL), Ciro Gomes (PDT), Simone Tebet (MDB), Felipe D´Avila (Novo) e Soraya Thronicke (União Brasil) participam do primeiro debate entre candidatos a presidente da República nas Eleições de 2022 nos estúdios da Band em São Paulo na noite deste domingo (28), em parceria com a Folha de São Paulo, UOL e TV Cultura. SUAMY BEYDOUN/ESTADÃO CONTEÚDO Jair Bolsonaro (PL) foi forçado a ir ao debate entre os presidenciáveis, capitaneado pela TV Band, quando Lula (PT) confirmou sua presença. Se o atual presidente não fosse, avaliam ambos os lados, passaria a imagem de que "fugiu" ou que foi "covarde". Então, ele confirmou e foi à Band. Só que, ao confirmar presença para debater com os demais candidatos à Presidência, Bolsonaro saiu do cercadinho em que fala com apoiadores – onde está acostumado a não ser confrontado, vai lá para pautar, pintar e bordar. Desde o início do debate, Bolsonaro tinha uma única missão: colar o tema corrupção em Lula. O foco era conseguir recortes de frases de efeito para as redes sociais e TV – nesta segunda-feira (29), o QG da reeleição dispara trechos em que o presidente chama Lula de "ex-presidiário". 'Troca de golpes', embate 'áspero' e 'quente': veja a repercussão do debate na imprensa internacional Bolsonaro seguia à risca o roteiro: escolheu corrupção como primeira pergunta direta para Lula – que não o confrontou. O QG bolsonarista comemorou. Mas, no meio do caminho do roteiro, Bolsonaro frustrou o próprio QG. Em momento de descontrole, atacou a jornalista do jornal O Globo, Vera Magalhães. Os apoiadores tentaram minimizar nos bastidores, mas grupos que acompanhavam o debate foram categóricos: mulheres reprovaram o ataque. A partir disso, aguardavam Bolsonaro achar uma brecha para retomar o controle do tema corrupção. Mas o estrago já estava feito: "gol contra" de Bolsonaro, avaliaram assessores, que "salvou" Lula no debate ao dar munição justamente no ponto fraco de Bolsonaro: o eleitorado feminino. Na visão de alguns aliados, Bolsonaro fez mais por Lula do que o próprio Lula. No QG bolsonarista, como a única meta no JN era que o presidente não se "descontrolasse" e "se levantasse no meio" para ir embora, se sentiram seguros para a fase 2: martelar o tema corrupção. Mas Bolsonaro tinha outros planos e perdeu a linha com a pergunta de Vera. Depois disso, passou a citar Michelle Bolsonaro como trunfo quando confrontado sobre o tema mulheres.

Presidente seguia roteiro da campanha ao ligar Lula (PT) à corrupção, mas descontrole com Vera Magalhães complicou situação já nada favorável com o eleitorado feminino. Os candidatos Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Jair Bolsonaro (PL), Ciro Gomes (PDT), Simone Tebet (MDB), Felipe D´Avila (Novo) e Soraya Thronicke (União Brasil) participam do primeiro debate entre candidatos a presidente da República nas Eleições de 2022 nos estúdios da Band em São Paulo na noite deste domingo (28), em parceria com a Folha de São Paulo, UOL e TV Cultura. SUAMY BEYDOUN/ESTADÃO CONTEÚDO Jair Bolsonaro (PL) foi forçado a ir ao debate entre os presidenciáveis, capitaneado pela TV Band, quando Lula (PT) confirmou sua presença. Se o atual presidente não fosse, avaliam ambos os lados, passaria a imagem de que "fugiu" ou que foi "covarde". Então, ele confirmou e foi à Band. Só que, ao confirmar presença para debater com os demais candidatos à Presidência, Bolsonaro saiu do cercadinho em que fala com apoiadores – onde está acostumado a não ser confrontado, vai lá para pautar, pintar e bordar. Desde o início do debate, Bolsonaro tinha uma única missão: colar o tema corrupção em Lula. O foco era conseguir recortes de frases de efeito para as redes sociais e TV – nesta segunda-feira (29), o QG da reeleição dispara trechos em que o presidente chama Lula de "ex-presidiário". 'Troca de golpes', embate 'áspero' e 'quente': veja a repercussão do debate na imprensa internacional Bolsonaro seguia à risca o roteiro: escolheu corrupção como primeira pergunta direta para Lula – que não o confrontou. O QG bolsonarista comemorou. Mas, no meio do caminho do roteiro, Bolsonaro frustrou o próprio QG. Em momento de descontrole, atacou a jornalista do jornal O Globo, Vera Magalhães. Os apoiadores tentaram minimizar nos bastidores, mas grupos que acompanhavam o debate foram categóricos: mulheres reprovaram o ataque. A partir disso, aguardavam Bolsonaro achar uma brecha para retomar o controle do tema corrupção. Mas o estrago já estava feito: "gol contra" de Bolsonaro, avaliaram assessores, que "salvou" Lula no debate ao dar munição justamente no ponto fraco de Bolsonaro: o eleitorado feminino. Na visão de alguns aliados, Bolsonaro fez mais por Lula do que o próprio Lula. No QG bolsonarista, como a única meta no JN era que o presidente não se "descontrolasse" e "se levantasse no meio" para ir embora, se sentiram seguros para a fase 2: martelar o tema corrupção. Mas Bolsonaro tinha outros planos e perdeu a linha com a pergunta de Vera. Depois disso, passou a citar Michelle Bolsonaro como trunfo quando confrontado sobre o tema mulheres.









Comentários (0)
Comentários do Facebook