'É crucial que uma investigação seja realizada', diz porta-voz da ONU sobre ataque contra Kirchner

'Estamos cientes e em choque diante dos relatos que vimos', afirmou a porta-voz do alto comissariado da ONU de Direitos Humanos, Ravina Shamdasani. Uma faixa com uma ilustração da vice-presidente da Argentina Cristina Fernandez pendurada em um prédio do governo nesta sexta-feira (2). AP Photo/Rodrigo Abd A porta-voz do alto comissariado da ONU de Direitos Humanos, Ravina Shamdasani, afirmou que "é crucial que uma investigação seja realizada" sobre o ataque contra a vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner. A declaração foi feita em uma coletiva de imprensa nesta sexta-feira (2) em Genebra. Kirchner, vice-presidente da Argentina, foi vítima de um ataque a tiro na noite desta quinta-feira (1º), em Buenos Aires. O atirador, um brasileiro de 35 anos, apontou uma pistola para o rosto de Kirchner, mas a arma não disparou. "Estamos cientes e em choque diante dos relatos que vimos", afirmou a representante. "Qualquer tipo de violência política é condenável e é importante que as diferenças sejam resolvidas através do diálogo", acrescentou a porta-voz. Como foi o ataque? Fernando André Sabag Montiel, brasileiro, de 35 anos, radicado na cidade de Buenos Aires, apontou uma pistola a poucos centímetros do rosto da vice-presidente, Cristina Kirchner. O ataque aconteceu por volta das 21h desta quinta (1º), quando ela saudava um grupo de militantes na frente de sua residência. A arma chegou a ser engatilhada, mas o tiro falhou. Equipe policial no local onde aconteceu o ataque contra Cristina Kirchner, no bairro de Recoleta, Buenos Aires, na noite de quinta (1). AP Photo/Natacha Pisarenko "Estamos diante de um fato com uma gravidade institucional e humana extrema. Atentaram contra a nossa vice-presidente e a paz social foi alterada", afirmou o presidente, acrescentando que "este atentado merece o mais enérgico repúdio de toda a sociedade argentina e de todos os setores políticos". Alberto Fernández atribuiu o atentado "ao discurso de ódio que tem sido espalhado a partir de espaços políticos, judiciais e midiáticos". Um ciclista passa ao lado de cartazes que diziam, em espanhol, "Força, Cristina", horas depois da vice-presidente argentina sofrer uma tentativa de assassinato. AP Photo/Rodrigo Abd "Cristina está viva porque, por alguma razão ainda não confirmada tecnicamente, a arma que tinha cinco balas não disparou apesar de ter sido engatilhada", descreveu Alberto Fernández. Leia mais: Ataque a Cristina Kircher: momento a momento da tentativa de atentado; VÍDEO Atentado contra Cristina Kirchner na Argentina; repercussão Arma estava carregada com 5 balas; veja o que se sabe Fernando Montiel aparece de gorro preto entre os militantes que aguardavam a chegada de Cristina Kirchner em frente à sua casa, no bairro de La Recoleta. O brasileiro estica o braço esquerdo e aponta a pistola na altura da cabeça da ex-presidente. Também é possível ouvir o gatilho antes do disparo. Cristina Kirchner, ao ver a arma, chega a se abaixar. A vice-presidente fica um pouco desnorteada, mas continua a assinar livros, a tirar fotos e a cumprimentar a militância. Um casal que viu o brasileiro apontar uma arma para a vice-presidente argentina Cristina Kirchner se abraça logo após o atentado no bairro da Recoleta, em Buenos Aires, na quinta-feira, 1º de setembro de 2022. AP Foto/Natacha Pisarenko Os seguranças de Cristina Kirchner conseguiram deter o agressor com a ajuda dos militantes. Em seguida, o brasileiro foi preso. Brasileiro é motorista do Uber Fernando Sabag Montiel, conhecido nas redes sociais como Fernando Salim, nasceu em 13 de janeiro de 1987, trabalha como motorista de Uber e tem antecedentes por porte de arma ilegal não-convencional em 17 de março de 2021. Ele foi flagrado com um facão de 35 cm "para a sua segurança pessoal", alegou o brasileiro residente no bairro de La Paternal, em Buenos Aires. Saiba quem é o brasileiro suspeito de tentar matar Cristina Kirchner

'É crucial que uma investigação seja realizada', diz porta-voz da ONU sobre ataque contra Kirchner

'Estamos cientes e em choque diante dos relatos que vimos', afirmou a porta-voz do alto comissariado da ONU de Direitos Humanos, Ravina Shamdasani. Uma faixa com uma ilustração da vice-presidente da Argentina Cristina Fernandez pendurada em um prédio do governo nesta sexta-feira (2). AP Photo/Rodrigo Abd A porta-voz do alto comissariado da ONU de Direitos Humanos, Ravina Shamdasani, afirmou que "é crucial que uma investigação seja realizada" sobre o ataque contra a vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner. A declaração foi feita em uma coletiva de imprensa nesta sexta-feira (2) em Genebra. Kirchner, vice-presidente da Argentina, foi vítima de um ataque a tiro na noite desta quinta-feira (1º), em Buenos Aires. O atirador, um brasileiro de 35 anos, apontou uma pistola para o rosto de Kirchner, mas a arma não disparou. "Estamos cientes e em choque diante dos relatos que vimos", afirmou a representante. "Qualquer tipo de violência política é condenável e é importante que as diferenças sejam resolvidas através do diálogo", acrescentou a porta-voz. Como foi o ataque? Fernando André Sabag Montiel, brasileiro, de 35 anos, radicado na cidade de Buenos Aires, apontou uma pistola a poucos centímetros do rosto da vice-presidente, Cristina Kirchner. O ataque aconteceu por volta das 21h desta quinta (1º), quando ela saudava um grupo de militantes na frente de sua residência. A arma chegou a ser engatilhada, mas o tiro falhou. Equipe policial no local onde aconteceu o ataque contra Cristina Kirchner, no bairro de Recoleta, Buenos Aires, na noite de quinta (1). AP Photo/Natacha Pisarenko "Estamos diante de um fato com uma gravidade institucional e humana extrema. Atentaram contra a nossa vice-presidente e a paz social foi alterada", afirmou o presidente, acrescentando que "este atentado merece o mais enérgico repúdio de toda a sociedade argentina e de todos os setores políticos". Alberto Fernández atribuiu o atentado "ao discurso de ódio que tem sido espalhado a partir de espaços políticos, judiciais e midiáticos". Um ciclista passa ao lado de cartazes que diziam, em espanhol, "Força, Cristina", horas depois da vice-presidente argentina sofrer uma tentativa de assassinato. AP Photo/Rodrigo Abd "Cristina está viva porque, por alguma razão ainda não confirmada tecnicamente, a arma que tinha cinco balas não disparou apesar de ter sido engatilhada", descreveu Alberto Fernández. Leia mais: Ataque a Cristina Kircher: momento a momento da tentativa de atentado; VÍDEO Atentado contra Cristina Kirchner na Argentina; repercussão Arma estava carregada com 5 balas; veja o que se sabe Fernando Montiel aparece de gorro preto entre os militantes que aguardavam a chegada de Cristina Kirchner em frente à sua casa, no bairro de La Recoleta. O brasileiro estica o braço esquerdo e aponta a pistola na altura da cabeça da ex-presidente. Também é possível ouvir o gatilho antes do disparo. Cristina Kirchner, ao ver a arma, chega a se abaixar. A vice-presidente fica um pouco desnorteada, mas continua a assinar livros, a tirar fotos e a cumprimentar a militância. Um casal que viu o brasileiro apontar uma arma para a vice-presidente argentina Cristina Kirchner se abraça logo após o atentado no bairro da Recoleta, em Buenos Aires, na quinta-feira, 1º de setembro de 2022. AP Foto/Natacha Pisarenko Os seguranças de Cristina Kirchner conseguiram deter o agressor com a ajuda dos militantes. Em seguida, o brasileiro foi preso. Brasileiro é motorista do Uber Fernando Sabag Montiel, conhecido nas redes sociais como Fernando Salim, nasceu em 13 de janeiro de 1987, trabalha como motorista de Uber e tem antecedentes por porte de arma ilegal não-convencional em 17 de março de 2021. Ele foi flagrado com um facão de 35 cm "para a sua segurança pessoal", alegou o brasileiro residente no bairro de La Paternal, em Buenos Aires. Saiba quem é o brasileiro suspeito de tentar matar Cristina Kirchner