ONU condena bombardeio na região etíope de Tigré que atingiu jardim de infância
Os combates entre forças governamentais e os rebeldes da Frente Popular de Libertação de Tigré (TPLF) foram retomados na quarta-feira. Secretário-geral da ONU, António Guterres, durante discurso em 8 de fevereiro de 2020 MICHAEL TEWELDE / AFP O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) condenou neste sábado o ataque aéreo de sexta-feira que deixou pelo menos quatro mortos na região rebelde etíope de Tigré e afirmou que o bombardeio atingiu um jardim de infância. "O Unicef condena com veemência o ataque aéreo em Mekele, capital de Tigré, Etiópia. O bombardeio atingiu um jardim de infância, matou várias crianças e deixou outras feridas", tuitou a diretora executiva do organismo, Catherine Russell. Os combates entre forças governamentais e os rebeldes da Frente Popular de Libertação de Tigré (TPLF) foram retomados na quarta-feira, o que acabou com cinco meses de trégua de um conflito iniciado em 2020. Veja como ficou a região do Tigré, na Etiópia, após bombardeio Os rebeldes afirmaram que o bombardeio - o primeiro em vários meses em Tigré - destruiu um jardim de infância e atingiu zonas residenciais. O governo etíope afirmou que sua Força Aérea ataca apenas alvos "militares" e acusa os rebeldes da região por uma "encenação, com sacos de cadáveres falsos em áreas civis" para provocar indignação. Esta foi a primeira confirmação de uma organização internacional de que o bombardeio atingiu o estabelecimento para crianças. "Mais uma vez as crianças pagam um preço alto pela escalada da violência no norte da Etiópia. Há quase dois anos, as crianças e suas famílias na região sofrem os tormentos deste conflito. Isto tem que acabar", disse Russell. Primeiro-ministro da Etiópia, Abiy Ahmed Ali, presta juramento durante sua cerimônia de posse no prédio do Parlamento em Adis Abeba, Etiópia, em 4 de outubro de 2021 REUTERS/Tiksa Negeri/File Photo Kibrom Gebreselassie, diretor do hospital Ayder, o principal da cidade, afirmou na sexta-feira que o centro médico recebeu quatro mortos, incluindo duas crianças, e nove feridos. O canal de televisão oficial de Tigré, Tigrai TV, afirmou que "sete civis, incluindo três crianças, morreram e exibiu imagens de um parque destruído. A imprensa não tem acesso ao norte da Etiópia, o que impede qualquer verificação independente das informações. Crianças que fugiram do conflito no Tigré recebem comida em campo de refugiados no Sudão; região na Etiópia é palco de uma guerra entre governo e forças rebeldes desde novembro de 2020 Yasuyoshi Chiba/AFP/Getty Images A internet na região funciona de maneira precária e nenhum alto funcionário do governo de Tigré foi localizado para confirmar o balanço. Os confrontos retomados esta semana se limitaram a duas zonas ao redor da fronteira sudeste de Tigré, mas na sexta-feira a aviação etíope bombardeou. O conflito em Tigré explodiu em novembro de 2020, quando o primeiro-ministro etíope, Abiy Ahmed, enviou o exército à região para expulsar o governo regional, que contestava sua autoridade há vários meses e que, segundo o Executivo, havia atacado bases militares na região. Tanque de guerra é visto nas ruas do Tigré, na Etiópia, ao lado de dois homens YASUYOSHI CHIBA / AFP O conflito provocou um número difícil de determinar de mortos e obrigou dois milhões de pessoas a abandonar suas casas. A trégua que começou em março evitou parte do derramamento de sangue e permitiu que os comboios de ajuda retornassem lentamente a Tigré, onde a ONU afirma que milhões de pessoas sofrem com a fome. A crise em Tigré gera preocupação na comunidade internacional e, desde o fim da trégua na quarta-feira, ONU, União Europeia (UE), Estados Unidos e outros países pediram o fim das hostilidades e uma resolução pacífica para o conflito.

Os combates entre forças governamentais e os rebeldes da Frente Popular de Libertação de Tigré (TPLF) foram retomados na quarta-feira. Secretário-geral da ONU, António Guterres, durante discurso em 8 de fevereiro de 2020 MICHAEL TEWELDE / AFP O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) condenou neste sábado o ataque aéreo de sexta-feira que deixou pelo menos quatro mortos na região rebelde etíope de Tigré e afirmou que o bombardeio atingiu um jardim de infância. "O Unicef condena com veemência o ataque aéreo em Mekele, capital de Tigré, Etiópia. O bombardeio atingiu um jardim de infância, matou várias crianças e deixou outras feridas", tuitou a diretora executiva do organismo, Catherine Russell. Os combates entre forças governamentais e os rebeldes da Frente Popular de Libertação de Tigré (TPLF) foram retomados na quarta-feira, o que acabou com cinco meses de trégua de um conflito iniciado em 2020. Veja como ficou a região do Tigré, na Etiópia, após bombardeio Os rebeldes afirmaram que o bombardeio - o primeiro em vários meses em Tigré - destruiu um jardim de infância e atingiu zonas residenciais. O governo etíope afirmou que sua Força Aérea ataca apenas alvos "militares" e acusa os rebeldes da região por uma "encenação, com sacos de cadáveres falsos em áreas civis" para provocar indignação. Esta foi a primeira confirmação de uma organização internacional de que o bombardeio atingiu o estabelecimento para crianças. "Mais uma vez as crianças pagam um preço alto pela escalada da violência no norte da Etiópia. Há quase dois anos, as crianças e suas famílias na região sofrem os tormentos deste conflito. Isto tem que acabar", disse Russell. Primeiro-ministro da Etiópia, Abiy Ahmed Ali, presta juramento durante sua cerimônia de posse no prédio do Parlamento em Adis Abeba, Etiópia, em 4 de outubro de 2021 REUTERS/Tiksa Negeri/File Photo Kibrom Gebreselassie, diretor do hospital Ayder, o principal da cidade, afirmou na sexta-feira que o centro médico recebeu quatro mortos, incluindo duas crianças, e nove feridos. O canal de televisão oficial de Tigré, Tigrai TV, afirmou que "sete civis, incluindo três crianças, morreram e exibiu imagens de um parque destruído. A imprensa não tem acesso ao norte da Etiópia, o que impede qualquer verificação independente das informações. Crianças que fugiram do conflito no Tigré recebem comida em campo de refugiados no Sudão; região na Etiópia é palco de uma guerra entre governo e forças rebeldes desde novembro de 2020 Yasuyoshi Chiba/AFP/Getty Images A internet na região funciona de maneira precária e nenhum alto funcionário do governo de Tigré foi localizado para confirmar o balanço. Os confrontos retomados esta semana se limitaram a duas zonas ao redor da fronteira sudeste de Tigré, mas na sexta-feira a aviação etíope bombardeou. O conflito em Tigré explodiu em novembro de 2020, quando o primeiro-ministro etíope, Abiy Ahmed, enviou o exército à região para expulsar o governo regional, que contestava sua autoridade há vários meses e que, segundo o Executivo, havia atacado bases militares na região. Tanque de guerra é visto nas ruas do Tigré, na Etiópia, ao lado de dois homens YASUYOSHI CHIBA / AFP O conflito provocou um número difícil de determinar de mortos e obrigou dois milhões de pessoas a abandonar suas casas. A trégua que começou em março evitou parte do derramamento de sangue e permitiu que os comboios de ajuda retornassem lentamente a Tigré, onde a ONU afirma que milhões de pessoas sofrem com a fome. A crise em Tigré gera preocupação na comunidade internacional e, desde o fim da trégua na quarta-feira, ONU, União Europeia (UE), Estados Unidos e outros países pediram o fim das hostilidades e uma resolução pacífica para o conflito.









Comentários (0)
Comentários do Facebook