Rosa Weber envia à PGR mais um pedido para investigar Bolsonaro por incitação à violência
Ação foi apresentada por vereadora do Recife que listou declarações do presidente antes e depois de eleito. Cabe à PGR avaliar se toma medidas de apuração. A ministra Rosa Weber, vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), encaminhou nesta sexta-feira (15) mais um pedido para que o presidente Jair Bolsonaro seja investigado por estímulo à violência. A ação foi apresentada pela vereadora Liana Cirne Lins, do Recife, que listou declarações do presidente antes e depois de eleito. Nesta quinta-feira (14), a ministra já havia encaminhado à PGR um pedido de parlamentares da oposição para que o presidente Jair Bolsonaro fosse investigado pela mesma razão. Os deputados e senadores acusam Bolsonaro de delitos como incitação e apologia ao crime, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e violência política. O envio destes pedidos à PGR é uma prática do Supremo, prevista inclusive em suas regras internas. Isso ocorre porque cabe ao Ministério Público, pela Constituição, avaliar se é o caso de promover investigações. Bolsonaro ainda não é formalmente alvo de apuração. "Antes de qualquer providência, determino a abertura de vista dos autos ao Senhor Procurador-Geral da República, Dr. AUGUSTO ARAS, a quem cabe a formação da opinio delicti em feitos de competência desta Suprema Corte, para manifestação no prazo regimental", determinou a ministra. Em seu pedido, a vereadora Liana Cirne Lins listou declarações do presidente Jair Bolsonaro, antes e depois da eleição, que incitariam a violência. Para a parlamentar, as falas têm ligação com a morte de Marcelo Arruda, tesoureiro do PT assassinado por um apoiador de Bolsonaro no último domingo (10), em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná. Cronologia: assassinato de tesoureiro do PT Na avaliação de Liana, o presidente deve ser investigado pelo crime de atos preparatórios de terrorismo. "As declarações de Jair Bolsonaro evidenciam e configuram discriminação contra pessoas e grupos, a exemplo de defensores de direitos humanos, petistas, ativistas ambientais, feministas, ativistas antirracistas, que possuem ideias distintas daquelas que são defendidas pelo grupo político chefiado pelo representado", afirmou a vereadora. "Se nada for feito efetivamente para coibir essas práticas, a segurança jurídica do país será profundamente afetada, colocando em risco a integridade física e moral e a liberdade dos eleitores - do povo brasileiro - para escolher o próximo chefe maior da República", completou. O relator do caso é o ministro Nunes Marques mas, como a Corte está em recesso, cabe ao comando do tribunal decidir casos urgentes. Rosa Weber é vice-presidente do Supremo. VÍDEOS: notícias sobre política
Ação foi apresentada por vereadora do Recife que listou declarações do presidente antes e depois de eleito. Cabe à PGR avaliar se toma medidas de apuração. A ministra Rosa Weber, vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), encaminhou nesta sexta-feira (15) mais um pedido para que o presidente Jair Bolsonaro seja investigado por estímulo à violência. A ação foi apresentada pela vereadora Liana Cirne Lins, do Recife, que listou declarações do presidente antes e depois de eleito.
Nesta quinta-feira (14), a ministra já havia encaminhado à PGR um pedido de parlamentares da oposição para que o presidente Jair Bolsonaro fosse investigado pela mesma razão. Os deputados e senadores acusam Bolsonaro de delitos como incitação e apologia ao crime, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e violência política.
O envio destes pedidos à PGR é uma prática do Supremo, prevista inclusive em suas regras internas. Isso ocorre porque cabe ao Ministério Público, pela Constituição, avaliar se é o caso de promover investigações. Bolsonaro ainda não é formalmente alvo de apuração.
"Antes de qualquer providência, determino a abertura de vista dos autos ao Senhor Procurador-Geral da República, Dr. AUGUSTO ARAS, a quem cabe a formação da opinio delicti em feitos de competência desta Suprema Corte, para manifestação no prazo regimental", determinou a ministra.
Em seu pedido, a vereadora Liana Cirne Lins listou declarações do presidente Jair Bolsonaro, antes e depois da eleição, que incitariam a violência. Para a parlamentar, as falas têm ligação com a morte de Marcelo Arruda, tesoureiro do PT assassinado por um apoiador de Bolsonaro no último domingo (10), em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná.
Cronologia: assassinato de tesoureiro do PT
Na avaliação de Liana, o presidente deve ser investigado pelo crime de atos preparatórios de terrorismo.
"As declarações de Jair Bolsonaro evidenciam e configuram discriminação contra pessoas e grupos, a exemplo de defensores de direitos humanos, petistas, ativistas ambientais, feministas, ativistas antirracistas, que possuem ideias distintas daquelas que são defendidas pelo grupo político chefiado pelo representado", afirmou a vereadora.
"Se nada for feito efetivamente para coibir essas práticas, a segurança jurídica do país será profundamente afetada, colocando em risco a integridade física e moral e a liberdade dos eleitores - do povo brasileiro - para escolher o próximo chefe maior da República", completou.
O relator do caso é o ministro Nunes Marques mas, como a Corte está em recesso, cabe ao comando do tribunal decidir casos urgentes. Rosa Weber é vice-presidente do Supremo.
VÍDEOS: notícias sobre política









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